sexta-feira, 11 de abril de 2014

Aos poucos a tentativa se esbarra
para no vento perdido
aturdido na algazarra das vozes
é norte a morte dos sonhos?
ou sorte estender-se ao esquecimento?
novo caminho se traça
até que mais embates se façam
e outro ciclo se cumpra

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014


Tenho dedos furtivos
indicadores de horizontes
e olhos agudos
pupilos do amanhã
um corpo castanho
no dorso da vida
cumprida
e ainda por vir.
Tenho talvez
duas ou três metades de caminho
se bem que na verdade as possibilidades são infinitas
tantas ditas
várias escritas
outras esquecidas n'algum lugar

Tenho agora
na certeza
um mundo em minhas taças
e ao beber-lhe por inteiro
vomito o sobejo
pra quem não sabe andar.